sábado, 30 de janeiro de 2016

25 rabinos judeus ortodoxos pela primeira vez reconhecem: “O cristianismo é um dom para as nações”

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Não é só uma declaração sobre o que é possível realizar juntos pela paz e pela justiça no mundo. Mas sim uma reflexão sobre a atualidade da Nostra aetate e sobre a natureza das relações com os cristãos a partir da tradição judaica. É um salto de qualidade importante que está contido em um novo documento hebraico intitulado “Fazer a vontade do Pai Nosso nos céus: rumo a uma colaboração entre judeus e cristãos”.
O documento traz a assinatura de 25 rabinos de expressão do judaísmo ortodoxo e vem à tona em um momento particularmente significativo: justamente nessa quinta-feira, o Vaticano apresentou o novo documento da Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo, intitulado Por que os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis (Rm 11, 29). Reflexões sobre questões teológicas concernentes às relações católico-judaicas por ocasião do 50º aniversário da Nostra aetate (n. 4)”.
O que sugere que a concomitância entre os dois textos é algo mais do que uma simples coincidência é o fato de que um dos signatários do documento judeu – o rabino David Rosen, diretor para as questões inter-religiosas do American Jewish Committee, uma das maiores instituições judaicas mundiais – esteve em Roma nessa quinta-feira ao lado do cardeal Kurt Koch, para a apresentação do documento vaticano.
Para além desse gesto, também é significativa a composição do grupo dos 25 rabinos, todos de expressão do judaísmo ortodoxo: nada menos do que 13 dos signatários, de fato, vivem em Israel, enquanto os outros residem nos EUA ou na Europa (há também o ex-rabino-chefe da França, René Samuel Sirat). Mas, entre os nomes mais conhecidos, está sobretudo o de Benny Lau, rabino muito conhecido em Jerusalém, sobrinho do ex-rabino-chefe de Israel, Yisrael Meir Lau, além de descendente de Samson Raphael Hirsch, um dos gigantes do pensamento judaico do século XIX.
E justamente a referência – tipicamente judaica – aos grandes mestres da própria tradição salta logo aos olhos ao se percorrer o documento. O ponto de partida é a Shoá, a grande tragédia de 70 anos atrás, momento culminante da inimizade entre cristãos e judeus: “Olhando para trás – escrevem os rabinos – aparece claramente que a incapacidade de ir além do desprezo e de se comprometer com um diálogo construtivo pelo bem da humanidade enfraqueceu a resistência às forças malvadas do antissemitismo que arrastaram o mundo ao homicídio e ao genocídio”.
Mas essa não foi a última palavra: “Reconhecemos – continua o texto – que, a partir do Concílio Vaticano II, o ensinamento oficial da Igreja Católica sobre o judaísmo mudou de maneira radical e irrevogável. A promulgação da Nostra aetate há 50 anos deu espaço a um processo de reconciliação entre as nossas duas comunidades. Apreciamos a afirmação da Igreja sobre a unicidade da posição de Israel na história sagrada e em relação à redenção final do mundo. Os judeus de hoje já experimentaram o amor sincero e o respeito por parte de muitos cristãos, através de iniciativas de diálogo, de encontros e de conferências em todo o mundo”.
Segundo os signatários, porém, isso também deve levar os judeus hoje a se interrogar sobre quem são os cristãos no desígnio de Deus sobre o mundo: “Como já fizeram Maimônides e Yehudah Halevi – continua o documento – reconhecemos que o cristianismo não é nem um incidente nem um erro, mas um fruto da vontade divina e um dom para as nações. Separando entre si o judaísmo e o cristianismo, Deus quis criar uma separação entre companheiros com diferenças teológicas significativas, não uma separação entre inimigos”.
Daí o convite a um olhar teologicamente novo sobre a colaboração com os cristãos: “Agora que a Igreja Católica reconheceu a Aliança eterna entre Deus e Israel, nós, judeus, podemos reconhecer o perdurável valor construtivo do cristianismo como nosso parceiro na redenção do mundo, sem nenhum medo de que essa comunhão possa ser explorada para finalidades missionárias. Como afirma a Comissão Bilateral entre o Grão-Rabinato de Israel e a Santa Sé, sob a liderança do rabino Shear Yashuv Cohen, ‘não somos mais inimigos, mas inequivocamente companheiros na articulação dos valores morais essenciais para a sobrevivência e o bem-estar da humanidade’. Nenhum de nós pode desempenhar sozinho a missão que lhe foi confiada por Deus neste mundo”.
O texto dos 25 rabinos também contém outras referências importantes para a tradição judaica: por exemplo, cita uma frase do rabino Naftali Zvi Berliner, outro grande pensador judeu do século XIX, segundo o qual, “quando os filhos de Esaú forem conduzidos por uma alma pura a reconhecer o povo de Israel e as suas virtudes, então nós também seremos conduzidos a reconhecer que Esaú é nosso irmão”. E acrescenta ainda: “A colaboração entre nós não diminui de modo algum as diferenças que permanecem entre as duas comunidades e as duas religiões. Cremos que Deus se serve de muitos mensageiros para revelar a Sua verdade, enquanto afirmamos os imperativos éticos fundamentais que todos os povos têm diante de Deus e que o judaísmo sempre ensinou através da doutrina da aliança universal de Noé”.
“Imitando Deus, judeus e cristãos devem ser modelos de serviço, amor incondicional e santidade”, concluem os 25 rabinos. “Somos todos criados à imagem santa de Deus, e judeus e cristãos permanecerão fiéis à Aliançadesempenhando juntos um papel ativo na redenção do mundo.”

Giorgio Bernardelli, publicada no sítio Vatican Insider

sexta-feira, 20 de março de 2015

Besta Negra semelhante a uma Pantera



Mensagem de Nossa Senhora ao Padre Gobbi na Festa do Coração Imaculado de Maria, Milão, 3 de junho de 1989:

      Amados filhos, hoje vocês estão reunidos em cenáculo de oração para celebrar a Festa do Coração Imaculado da sua Mãe celeste. De toda a parte do mundo eu tenho apelado a vocês para se consagrarem ao Meu Coração Imaculado, e vocês têm correspondido com o seu amor filial e generosidade. Eu tenho formado agora o meu exército, com estes filhos que aceitaram o meu pedido e ouviram a minha voz.

      O tempo do Meu Coração Imaculado ser glorificado pela Igreja e por toda a humanidade finalmente chegou, pois, nestes tempos da apostasia, da purificação, e da grande tribulação, o Meu Coração Imaculado é o único refúgio e o caminho que os leva para Deus da salvação e da paz. Acima de tudo, Meu Coração Imaculado torna-se hoje o sinal da minha vitória certa, na grande luta que está sendo travada entre os seguidores do grande Dragão Vermelho e os seguidores da Mulher Vestida de Sol.

      Nesta luta terrível, virá do mar, para ajudar o Dragão, uma besta como uma pantera.

      Se o Dragão Vermelho é o ateísmo Marxista, a besta negra é a Franco-maçonaria. O Dragão se manifesta na força do seu poder; a besta negra por sua vez, age na sombra, se oculta, e se esconde de tal modo que consegue penetrar em todo lugar. Ela tem a garra de urso e a boca de leão, porque trabalha em todo lugar com astúcia e por meio de comunicação social, isto é, através da propaganda. As sete cabeças indicam as várias lojas Maçônicas, que agem em todo lugar de maneira sutil e perigosa.

      Esta besta negra possui dez chifres, dez coroas, que são os sinais de domínio e realeza. A Maçonaria rege e governa através do mundo inteiro por meio de dez chifres. O chifre, no mundo bíblico, tem sido sempre um instrumento de amplificação, uma maneira de se fazer ouvir melhor, um poderoso meio de comunicação.

      Por esta razão, Deus comunicou Sua vontade ao seu povo por meio dos dez chifres que fizeram as suas leis conhecidas: os dez mandamentos. Aquele que as aceita e as observa caminha na vida ao longo da estrada da vontade divina, da alegria e da paz. Aquele que faz a vontade do Pai aceita a palavra do seu Filho e compartilha a redenção realizada por Ele. Jesus confere às almas a diviníssima vida, através da graça, que Ele nos mereceu através do Seu sacrifício levado a efeito no Calvário.

      A graça da redenção é comunicada por meio dos sete sacramentos. Com a graça se implanta na alma, as sementes da vida sobrenatural que são as virtudes. Entre elas, as mais importantes são as três teológicas e as quatro cardeais: fé, esperança, caridade, prudência, fortaleza, justiça e temperança. No sol divino dos sete dons do Espírito Santo, estas virtudes germinam, crescem, desenvolvem-se cada vez mais e assim levam as almas ao longo do caminho luminoso do amor e santidade.

      A tarefa da besta negra, isto é a Maçonaria, é de lutar, de maneira sutil, mas tenazmente, para obstruir as almas a seguirem este caminho, indicado pelo Pai e o Filho e iluminado pelos dons do Espírito Santo. De fato, se o Dragão Vermelho trabalha para levar toda a humanidade a fazer tudo sem Deus, à negação de Deus, e, portanto espalha o erro do ateísmo, a meta da Maçonaria não é o de simplesmente negar Deus, porém de blasfemá-Lo.

      Esta besta abre a sua boca para proferir blasfêmias contra Deus, para blasfemar o seu nome e a sua morada, e contra todos aqueles que moram no céu. A maior blasfêmia é aquela de negar a adoração devida a Deus, dando-a às criaturas e ao próprio Satanás. Isto é porque nestes tempos, por trás da ação perversa da Maçonaria, estão sendo espalhadas em todo lugar, missas negras e cultos satânicos. Além disso, a Maçonaria age, por todos os meios, para evitar que as almas sejam salvas e assim ela se esforça em anular a Redenção realizada por Cristo.

      Se o Senhor comunicou a sua lei dos dez mandamentos, a Maçonaria espalha em todo lugar, através do poder dos seus dez chefes, uma lei que é completamente oposta àquela de Deus.

      Para o mandamento do Senhor: ‘Não terás nenhum outro Deus além de Mim’, ela cria outros falsos ídolos, diante dos quais muitos hoje prostram em adoração.
      Para o mandamento: ‘Não levarás o nome de Deus em vão’, ela se levanta em oposição blasfemando Deus e seu Cristo, em muitas maneiras sutis e diabólicas, mesmo reduzindo seu Nome indecorosamente ao nível de uma marca de um objeto de consumo e produzindo filmes sacrílegos relacionados com a sua vida e sua Pessoa divina.
      Para o mandamento: ‘Lembra de manter sagrados os Dias de Sábado’, ela transforma o Domingo no fim de semana, num dia para esportes, para competições e diversão.
      Para o mandamento: ‘Honra teu pai e tua mãe’, ela opõe um novo modelo de família baseada na coabitação, mesmo entre homossexuais.
      Para o mandamento: ‘Não cometerás atos impuros’, ela justifica, exalta e propaga toda forma de impureza, mesmo a justificação de atos contra a natureza.
      Para o mandamento: ‘Não matarás’, ela conseguir tornar legal o aborto em todo lugar, em tornar aceitável a eutanásia, e fazendo com que desaparecesse o respeito pela vida humana.
      Para o mandamento: ‘Não roubarás’, ela trabalha para que o roubo, violência, sequestro e assalto se espalhem mais e mais.
      Para o mandamento: ‘Não darás falsos testemunhos’, ela age de tal maneira que a lei do engodo, mentira e duplicidade se torne mais e mais propagada.
      Para o mandamento: ‘Não cobiçarás o bem e a mulher do próximo’, ela trabalha para corromper profundamente a consciência, traindo a mente e o coração do homem.

      Desta maneira, as almas se tornam dirigidas para a estrada perversa e malvada da desobediência às leis do Senhor, a se submergirem no pecado e são, portanto, afastadas de receber o dom da graça e da vida de Deus.

      Para as sete virtudes teológicas e cardeais, que são o fruto de viver a graça de Deus, a Franco-maçonaria conta com a difusão dos sete vícios capitais, que são os frutos de viver habitualmente no estado do pecado. Para a fé ela opõe o orgulho; para a esperança, luxúria; para a caridade, avareza; para a prudência, ira; para a fortaleza, preguiça; para a justiça, inveja; para a temperança, gula.

      Quem se torna vítima dos sete vícios capitais, ele será gradualmente afastado da adoração devido somente a Deus, a fim de dá-la a falsas divindades, que é a própria personificação de todos estes vícios. E nisto consiste a mais horrível blasfêmia. É por isso que sobre cada cabeça da besta está escrito um nome blasfemo. Cada loja maçônica tem a tarefa de se fazer adorada diferente divindade.

      A primeira cabeça leva o nome blasfemo do orgulho, que se opõe à virtude da fé, e leva o homem a oferecer adoração à razão humana e a arrogância da tecnologia e progresso.
      A segunda cabeça leva o nome blasfemo da luxúria, que se opõe à virtude da esperança, e ele leva o homem a adorar o deus da sexualidade e impureza.
      A terceira cabeça leva o nome blasfemo da avareza, que se opõe à virtude da caridade, e espalha em todo o lugar a adoração a deus do dinheiro.
      A quarta cabeça leva o nome blasfemo da ira, que se opõe à virtude da prudência, e leva o homem a oferecer adoração ao deus da discórdia e divisão.
      A quinta cabeça leva o nome blasfemo da preguiça, que se opõe à virtude da fortaleza, e dissemina a adoração do ídolo do medo das opiniões públicas e de exploração.
      A sexta cabeça leva o nome blasfemo da inveja, que se opõe à virtude da justiça, e leva o homem a oferecer adoração ao ídolo da violência e guerra.
      A sétima cabeça leva o nome blasfemo da gula, que se opõe à virtude da temperança, e leva o homem à oferecer adoração ao ídolo altamente exaltado do hedonismo, do materialismo e do prazer.

      A tarefa das lojas maçônicas é aquela que elas trabalham hoje, com grande astúcia, para trazer à humanidade em todo lugar, a desdenhar a lei de Deus, para trabalhar em oposição aberta aos dez mandamentos, e de retirar toda a adoração devida somente a Deus, a fim de oferecê-la a certos falsos ídolos que se tornaram exaltados e adorados por um número cada vez maior de pessoas: razão, carne, dinheiro, discórdia, dominação, violência, prazer. Assim, as almas são precipitadas na escura escravidão do mal, do vício e do pecado e, no momento da morte e do julgamento de Deus, para a poça do fogo eterno que é o inferno.

      Agora vocês entendem como, nestes tempos, contra o ataque terrível e insidioso da besta negra, isto é a Maçonaria, o meu Coração Imaculado torna-se seu refúgio e a estrada segura que leva todos vocês para Deus. No Meu Coração Imaculado existem táticas delineadas que serão usadas pela Mãe celeste, para rechaçar e derrotar a conspiração sutil armada pela besta negra. Por esta razão eu estou preparando todos os meus filhos a observarem os dez mandamentos de Deus, para viverem o Evangelho seriamente; para fazer o uso frequente de sacramento, especialmente os de penitência e comunhão eucarística, como auxílios necessários a fim de permanecer na graça de Deus; para praticar as virtudes rigorosamente; para caminhar sempre ao longo do caminho da bondade, do amor, da pureza e da santidade.

      Assim, eu me sirvo de vocês, meus filhos pequeninos, que se consagram a mim, para desmascarar estas sutis armadilhas que a besta negra prepara para vocês e tornar fútil ao final, o grande ataque que a Maçonaria tem lançado hoje contra Cristo e a sua Igreja. E por fim, especialmente na maior derrota da besta, aparecerá em todo o seu esplendor, o triunfo do Meu Coração Imaculado no mundo.

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