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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A Partícula Bóson de Higgs

Professor Filipe Aquino, Doutor em Fisica explica
 a descoberta da "Particula de Deus", sob a ótica da Fé.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Um espírita é ou não um cristão?

Bons e Maus Sacerdotes

                                                                                                                        

Covardia



Sacerdotes do Altíssimo


domingo, 20 de maio de 2012

Acrescimo na Liturgia?

Este estudo é baseado no artigo "Mitos Litúrgicos", que escrevi e foi revisado por Sua Excelência Reverendíssima Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo da Diocese de Frederico Westphalen (RS). O artigo lista 32 idéias equivocadas sobre a Sagrada Liturgia e contra-argumento com a palavra oficial da Santa Igreja. Foi publicado em Fevereiro de 2009 e pode ser lido na íntegra em:

http://www.salvemaliturgia.com/2009/04/mitos-liturgicos.html


Nesta vigésima sexta postagem, postamos o Mito 26, juntamente com um comentário atual a respeito, aprofundando o assunto.

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Mito 26: "Pode-se fazer tudo o que o Missal não proíbe"

Não se pode.

O Concílio Vaticano II proíbe acréscimos na Sagrada Liturgia, como foi dito acima (Sacrossanctum Concílium, n.22). A interpretação do Missal é estrita: assim, na Santa Missa, faz-se somente o que o Missal determina e nada mais do que isso.

Esta é uma diferença entre a Santa Missa e os grupos de oração, os encontros de evangelização e outros momentos fora da Sagrada Liturgia, onde pode-se usar de uma espontaneidade que não tem lugar dentro da Missa.

O Rito, por sua própria essência, prima pela unidade. Diz a Instrução Redemptionis Sacramentum (n.11) :

"O Mistério da Eucaristia é demasiado grande «para que alguém possa permitir tratá-lo ao seu arbítrio pessoal, pois não respeitaria nem seu caráter sagrado, nem sua dimensão universal. Quem age contra isto, cedendo às suas próprias inspirações, embora seja sacerdote, atenta contra a unidade substancial do Rito romano, que se deve cuidar com decisão (...) Além disso, introduzem na mesma celebração da Eucaristia elementos de discórdia e de deformação, quando ela tem, por sua própria natureza e de forma eminente, de significar e de realizar admiravelmente a Comunhão com a vida divina e a unidade do povo de Deus."

Também o Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, juntamente o Messori, no livro "A Fé em Crise?", publicado em 1985, afirma:

"A liturgia não vive de surpresas `simpáticas', de intervenções `cativantes', mas de repetições solenes (...) Também por isso ela deve ser `predeterminada', `imperturbável', porque através do rito se manifesta a santidade de Deus. Ao contrário, a revolta contra aquilo que foi chamado `a velha rigidez rubricista', (...) arrastou a liturgia ao vórtice do `faça-você-mesmo', banalizando-a, porque reduzindo-a à nossa medíocre medida"

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Comentário sobre este Mito (13/11):

Conta-se que um sacerdote, conhecida por celebrar suas Missas de um jeito que só ele celebrava, chegou para celebrar em uma Paróquia e falou ao acólito:

- Hoje vou celebrar diferente!

E o acólito, com a maior naturalidade possível, perguntou:

- Vai seguir o Missal?

É um caso fictício, mas que expressa muito do que acontece em muitas Paróquias e Comunidades: as alterações no Rito (como falamos na postagem anterior desta série) e os acréscimos que não estão previstos nele tornam, muitas vezes, a Missa em cada lugar de um jeito diferente.

Muitos hoje, embora defendam que se faça o que Missal determina, acrescentam na celebração elementos e partes que o Missal não prevê (procissões inexistentes, teatro, etc), defendem a idéia de que:

"Se não está proibido, então pode".

Esta argumentação é equivocada, pois a interpretação do Missal é estrita:
assim, na Santa Missa, faz-se somente o que o Missal determina e nada mais do
que isso.

Neste sentido, o próprio Concílio Vaticano II, na Constituição Sacrossanctum Concilium (n.22), determina:

"Ninguém mais, absolutamente, mesmo que seja sacerdote, ouse, por sua iniciativa, ACRESCENTAR, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica."

Também o próprio Código de Direito Canônico (n. 846):

"Na celebração dos Sacramentos, sigam-se fielmente os livros litúrgicos aprovados pela autoridade competente; portanto, NINGUÉM ACRESCENTE, suprima ou altera coisa aguma neles, por própria iniciativa."

Por isso esta, como falamos anteriormente, diferença entre a Santa Missa e os grupos de oração, os encontros de evangelização e outros momentos fora da Sagrada Liturgia, onde pode-se usar de uma espontaneidade que não tem lugar dentro da Missa.

Pois Nosso Senhor Jesus Cristo está presente verdadeiramente no Santíssimo Sacramento do Altar, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, nas aparências do pão e do vinho, como afirma o Catecismo da Igreja Católica (Cat.), nos números 1374-1377. Ele se faz presente durante a Santa Missa, que é a renovação do Seu Único e Eterno Sacrifício, consumado de uma vez por todas na cruz e tornado presente no altar, pelas mãos do sacerdote (Cat. 1362-1372; 1411). A Santa Igreja, tendo recebida a autoridade do próprio Senhor (n. 553), zela, em suas normas litúrgicas, para que a essência da Liturgia seja conservada e para que as Verdades da Fé Católica sejam evidenciadas nela.

Sobre esta questão da "criatividade litúrgica", o Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, no seu maravilhoso livro "Introdução ao Espírito da Liturgia", afirma:

“...a Verdadeira Liturgia pressupõe que Deus responde e expõe o modo de ser venerado. (...) Ela não pode ser fruto da nossa fantasia e criatividade – pois assim, seria apenas um grito na escuridão ou simplesmente a afirmação de nós próprios. A Liturgia pressupõe algo de concreto diante de nós, algo que se nos revela, indicando o percurso da nossa existência.”

E ainda, diz o Papa:

"Só o respeito pela precedência e pela definição essencial da Liturgia pode proporcionar-nos aquilo que esperamos dela: a celebração da magnitude que se aproxima de nós, que não é arquitetada por nós e que se nos oferece. Isto significa que a criatividade nunca pode ser uma categoria autêntica do litúrgico."

Continua o Papa:

"De qualquer maneira, há-de se mencionar que a palavra criatividade cresceu na visão marxista de mundo. A criatividade significa que, num mundo sem sentido, nascido de uma evolução cega, o homem constrói um mundo novo e melhor. (...) Esse gênero de força criadora não tem lugar na Liturgia, pois ela não se alimenta de idéias de indivíduos ou de grupos de planejamento. ela é simplesmente o ingresso verdadeiramente libertador de Deus no nosso mundo. Só ele pode abrir a porta para o exterior. Quanto mais os sacerdotes e fiéis se entregarem humildemente a esse ingresso de Deus, tanto mais nova, mais pessoa e mais verdade ela sempre será. Pois a Liturgia não se tornará nova, pessoal e verdadeira através de invenções de palavras e brincadeiras banais, mas sim pela coragem dos que se põem a caminho para lançar o Imenso; aquilo que, através do Rito, desde sempre nos precedeu e que nós nunca conseguimos apanhar."

O Papa faz ainda uma comparação tremenda dos abusos litúrgicos com a idolatria do bezerro de ouro no Antigo Testamento (Êxodo 32):

“A história do bezerro de ouro alerta para um culto autocrático e egoísta em que, no fundo, não se faz questão de Deus, mas sim em criar um pequeno mundo alternativo por conta própria. Aí, então, é que a Liturgia se torna mera brincadeira. Ou pior: ela significa o abandono do Deus verdadeiro, disfarçado debaixo de um tampo sacro. Mas, assim, o que resta no fim é a frustração, a sensação do vazio. Já não se faz sentir aquela experiência de liberdade, que acontece em todo o lado onde haja encontro com Deus vivo.”

Citamos também, complementando as sábias palavras do Papa, as palavras de duas autoridades litúrgicas que muito tem nos acompanhado em nosso blog: Dom Antonio Keller (Bispo de Frederico Westphalem-RS) e Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior (da Arquidiocese de Cuiabá-MT)

Dom Antonio Keller, em sua entrevista concendida ao ano passado ao nosso blog, explicou:

"As pessoas tem necessidades humanas de afeto, de encontro, de até festejar junto, ou de chorar junto. O erro não é a necessidade de fraternidade, de acolhida, de comemorações, etc.... O erro é querer fazer isto na Santa Missa, usando-a com finalidades incoerentes com os seus verdadeiros fins."

Também Pe. Paulo Ricardo, em sua entrevista concedida ao nosso blog, falou:

"Nós vemos que, de alguma forma, entrou dentro do processo litúrgico da Igreja Católica uma mentalidade estranha e alheia a Igreja, que nós poderíamos chamar de mentalidade revolucionária, onde as pessoas fazem a Liturgia subjetiva, a partir dos seus gostos, de suas veleidades subjetivas."

Pe. Paulo diz ainda:

"Sem duvida alguma, aquilo de negativo que nós encontramos na atual vida litúrgica do Brasil, é fruto de um processo revolucionário. Mais uma vez eu gostaria de enfatizar o que é a mentalidade revolucionária:a mente revolucionária é aquela que está muito convencida da verdade das suas idéias, e quer impor ao mundo as suas idéias. Os liturgos revolucionários no Brasil tem a tendência de confeccionar uma liturgia mental, o ideal daquilo que seria a Liturgia para eles. E então aplicar essa idéia de Liturgia na prática. Ora, pouco importa que a matriz revolucionária desses pensamentos seja marxista, da Teologia da Libertação, modernista ou liberal; trata-se sempre de um único e mesmo mecanismo. O liturgista se propõe como demiurgo da Liturgia. Ele faz, ele cria, nesse sentido esses liturgistas que pretendem ser tão democráticos, na verdade, não passam de déspotas porque impõem a assembléia litúrgica as suas idéias de Liturgia."

Pe. Paulo conclui:

"Nada de mais anti-democratico do que um liturgista revolucionário ou uma equipe litúrgica revolucionaria, que é uma pequena elite que impõe ditatorialmente ao povo de Deus as suas concepções de Liturgia. E o Direito Canônico diz claramente que o povo de Deus tem direito de receber dos seus Sagrados Pastores a Liturgia da Igreja."

Portato, uma equipe de Liturgia que altere a Liturgia conforme seus gostos, embora muitas vezes fale em "unidade", "pluralismo", "democratizar", comete não só um ato de desobediência as normas litúrgicas, mas também um ato de depostismo contra o povo de Deus e contra o direitos dos fiéis.

Vejamos o que diz sobre isso a Constituição Redemptionis Sacramentum (n. 12):

..."todos os fiéis cristãos gozam do DIREITO de celebrar uma liturgia verdadeira, especialmente a celebração da santa Missa, que seja tal como a Igreja tem querido e estabelecido, como está prescrito nos livros litúrgicos e nas outras leis e normas. Além disso, o povo católico tem direito a que se celebre por ele, de forma íntegra, o Santo Sacrifício da Missa, conforme toda a essência do Magistério da Igreja. Finalmente, a comunidade católica tem direito a que de tal modo se realize para ela a celebração da Santíssima Eucaristia, que apareça verdadeiramente como sacramento de unidade, excluindo absolutamente todos os defeitos e gestos que possam manifestar divisões e facções na Igreja."

Consequências desses abusos é que em muitos lugares não se tem Missas iguais. Escolhe-se qual paróquia e horário se vai pelo "jeito" que se quer a Missa. Enquanto, nessa questão do Rito, como afirmam os documentos da Santa Igreja, deveria-se primar pela UNIDADE, seja a paróquia que for, a cidade que for, ou o país que for.

É Rito Romano, é Rito Romano. Ponto.

Deseja-se algo diferente? Aí é no grupo de oração ou no encontro de evangelização.

Interessante que, conforme o Papa fala nas primeiras citaçõs que colocamos nesta postagem, o Rito da Missa se compõe de "repetições solenes" e a Liturgia deve ser "prederminada".

Ou seja, querer inserir atitudes expontâneas no Rito da Missa atenta contra a própria natureza do Rito. A essência do Rito se dá exatamente pela sua pré-determinação! E isso é um princípio norteador da Sagrada Liturgia.

Por isso, inserir outras ações não previstas pelo Rito, dentro da Santa Missa, é algo que atenta contra a Liturgia.

Vejamos que há também algo de muito PASTORAL nisso tudo: quando se faz uma alterações ou acréscimos na Liturgia, além de desobecer as normas litúrgicas, e mesmo quando este acréscimo é feito com a finalidade de agradar os fiéis, nunca uma mudança poderá agradar a todos. Sempre agradará alguns e desagradará a todos.

Vemos nisso a divisão que é criada, dentro daquilo que a Santa Igreja tem de mais Sagrado, onde deveria haver a unidade, que é a Sagrada Liturgia!

E da parte dos fiéis, eles tem o direito de ter a Liturgia conforme a Santa Igreja quer, como citamos acima (Redemptionis Sacramentum, n. 12).

Vejo que essa distinção que falamos, entre "Santa Missa e grupo de oração", ou "Santa Missa e encontro de evangelização", apesar de ser algo objetivamente simples, é algo que muitos tem uma dificuldade de assimilar.

Talvez a resistência para isso seja o fato de muitos quererem fugir de uma "sacralidade" ao tratar a Missa; sacralidade esta que consideram ultrapassada e sem necessidade, mas que torna-se evidente a sua importância partindo-se daquilo que é a Santa Missa: Renovação do Santo Sacrifício de Nosso Senhor (Cat. 1362-1372; 1411).

Voltemos, então, continuamente aos princípios básicos da catequese Litúrgica Católica.

E vejamos que, em nosso ato de obediência as normas litúrgicos, NÃO há um ato meramente legalista, mas sim, que temos um SENTIDO. fascinante, por trás de tudo.

E mostremos, nesse processo, a necessidade da obediência à Santa Igreja como sendo a obediência ao próprio Deus. O Catecismo da Igreja Católica explica que "o poder de ligar e desligar" significa a autoridade de absolver os pecados, pronunciar juízos doutrinais e tomar decisões disciplinares na Igreja." (n. 553)

O Prof. Carlos Ramalhete, uma das grandes mentes católicas do nosso país, já há anos atrás lançou a campanha "Faça o vermelho, leia o preto".

Explico o sentido: os livros litúrgicos têm as rubricas (normas que precisam ser seguidas na celebração) escrita em vermelho, e o texto que deve ser lido em preto.

Nada mais, nada menos do que isso.

A Campanha já está sendo divulgada em nosso blog há alguns meses, juntamente com o adesivo dela.

Gostaria de retomar também este vídeo, de minha participação no programa Escola da Fé, do Prof. Felipe Aquino, na TV Canção Nova, onde tivemos a oportunidade de falar um pouco a respeito deste assunto:




Nas aparições da Santíssima Virgem em Fátima (Portugal, 1917), oficialmente aprovadas pela Santa Igreja, quando o Anjo apareceu para as crianças, antes da Virgem aparecer, ele trazia consigo uma Hóstia Consagrada. Prostrando-se por terra, ensinou a elas a seguinte oração:

"Meu Deus: eu creio, adoro, espero-vos e amo-vos. Peço-vos perdão por aqueles que não crêem, não adoram, não esperam e não vos amam."

Que a Grande Mãe de Deus, Mãe da Eucaristia, pela Sua Poderosa Intercessão, nos conceda a graça de crer, adorar, amar e zelar pelo Santíssimo Corpo do Deus-Amor Sacramentado, pelo Santo Sacrifício da Missa e pela Sagrada Liturgia da Igreja...
Leia também:

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O milagre da travessia do Mar Vermelho estudado por cientistas

Travessia do Mar Vermelho, Cosimo Rosselli.

Um dos mais retumbantes milagres da História Sagrada foi analisado por cientistas americanos. Eles refizeram com modelos computacionais as condições em que ele teria podido acontecer.

Trata-se da travessia do Mar Vermelho durante o êxodo do povo eleito, que saiu da escravidão no Egito rumo à Terra Prometida, sob a condução de Moisés o grande profeta e legislador de Israel.


O milagre teve duas grandes dimensões: uma natural, sem dúvida pasmosa, e outra sobrenatural, a mais importante.

Na maior parte dos milagres, Deus age através de causas naturais. E estas causas podem ser estudadas pelo homem. E, no caso, o foram por Carl Drews, do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas dos EUA, e Weiqing Han, da Universidade do Colorado em Boulder, EUA.

Eles chegaram à conclusão que o “milagre” visto pelo lado material, portanto das causas segundas, é compatível com as leis da física. É o que compete à ciência nestes casos. À Igreja cabe se pronunciar sobre o lado sobrenatural, neste caso, revelado por Deus na Bíblia e, portanto, fora de discussão.

Esses cientistas até montaram por via digital um cenário que eles consideram “relativamente próximo” do descrito no livro do Êxodo, o segundo da Bíblia.

O longo e exaustivo trabalho foi publicado pela revista científica “PLoS One” e pode ser lido na Internet. Outro artigo dos mesmos autores menos técnico e mais resumitivo pode ser lido no site NCAR - UCAR News Center (University Corporation for Atmospheric Research).

De fato, na descrição do milagre incluída no livro do Exodus encontram-se descritos os fatores naturais de que Deus se sirviu para o milagre com estas palavras:

Moisés
“21. Moisés estendeu a mão sobre o mar. O Senhor fê-lo recuar com um vento impetuoso vindo do oriente, que soprou toda a noite. E pôs o mar a seco. As águas dividiram-se

22. e os israelitas desceram a pé enxuto no meio do mar, enquanto as águas formavam uma muralha à direita e à esquerda.

23. Os egípcios os perseguiram: todos os cavalos do faraó, seus carros e seus cavaleiros internaram-se após eles no leito do mar.

24. À vigília da manhã, o Senhor, do alto da coluna de fogo e da de nuvens, olhou para o acampamento dos egípcios e semeou o pânico no meio deles.

25. Embaraçou-lhes as rodas dos carros de tal sorte que, só dificilmente, conseguiam avançar. Disseram então os egípcios: “Fujamos diante de Israel, porque o Senhor combate por eles contra o Egito.”

26 .O Senhor disse a Moisés: “Estende tua mão sobre o mar, e as águas voltar-se-ão sobre os egípcios, seus carros e seus cavaleiros.”

27. Moisés estendeu a mão sobre o mar, e este, ao romper da manhã, voltou ao seu nível habitual. Os egípcios que fugiam foram de encontro a ele, e o Senhor derribou os egípcios no meio do mar.

28. As águas voltaram e cobriram os carros, os cavaleiros e todo o exército do faraó que havia descido no mar ao encalço dos israelitas. Não ficou um sequer.

29. Mas os israelitas tinham andado a pé enxuto no leito do mar, enquanto as águas formavam uma muralha à direita e à esquerda.

30. Foi assim que naquele dia o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios. E Israel viu os cadáveres dos egípcios na praia do mar.” Êxodo, cap. 14

Os cientistas Drews e Han, estimam que para empilhar as águas e abrir uma passagem com alguns quilômetros de largura teria sido necessário um vento de velocidade próxima de 100 km/h, soprando sobre a desembocadura do rio Nilo durante 12 horas. Portanto, se “soprou toda a noite” (n. 21) teria sido suficiente.

Drews e Han chegaram a essa conclusão com simulações, em computador, do comportamento do líquido, e levando em conta como seria a topografia do Egito no fim da Idade do Bronze (por volta de 1250 a.C.). Essa é a época mais aceita para a fuga dos israelitas, liderados pelo profeta Moisés.


Travessia do Mar Vermelho, Ivan Aivazovsky

Há muita discussão científica séria sobre qual foi o local exato da travessia.

A maioria dos cientistas que estudam o texto bíblico, e que são citados pelos autores Carl Drews e Weiqing Han, julgam que a melhor tradução para o nome hebraico “Yam Suph” não é “mar Vermelho”, mas sim “mar de Caniços”.

Esta denominação geográfica designa uma área pantanosa (daí os caniços, plantas aquáticas) onde o Nilo encontra o mar Mediterrâneo.

E, de fato, as rochas e sedimentos da região do delta do Nilo nessa época apontam a presença de um grande braço do rio que se conectava com uma lagoa salobra, chamada “lago de Tânis”.


O vento do oriente descrito no Êxodo, segundo esta tese científica, teria feito recuar as águas rasas (com cerca de 2 m de profundidade) do braço do Nilo e do lago. Isso teria permitido a passagem de Moisés e seu povo para longe dos guerreiros do faraó.

Há uma certa hostilidade contra o professor Drews porque é cristão e tem um site no qual defende a compatibilidade entre ciência e fé. Mas esta hostilidade não é parte da ciência e se insere num debate filosófico-teológico.

Han e Drews não pretendem ter provado o milagre do ponto de vista sobrenatural e religioso. É razoável, pois não é esta tarefa do cientista. Eles sustentam que os fatos naturais referidos na narração bíblica não contrariam a ordem da natureza e mostram como poderiam ter acontecido.

Os cientistas citam a ocorrência de fenômenos parecidos em épocas mais ou menos recentes. Um vento conseguiu façanha parecida em 2006 e 2008 no lago Erie, nos EUA. No fim do século 19, oficiais britânicos viram algo do gênero acontecer no próprio Nilo.

O recuo das águas pelo vento no Nilo foi testemunhado pelo major-general Alexander Tulloch, do Exército britânico, em 1882 no lago Manzala, norte do Egito. Ele escreveu em artigo:


“Certo dia, uma rajada de vento leste se tornou tão forte que tive de parar de trabalhar. Na manhã seguinte, descobri que o lago Manzala tinha desaparecido totalmente. O vento na água rasa havia levado o lago para além do horizonte, e os nativos estavam caminhando na lama, num local onde, no dia anterior, havia barcos de pesca flutuando n'água.”

O próprio Tulloch ficou impressionado pela similitude entre o que viu e o relato do Êxodo.

“Ao notar esses efeitos extraordinários, passou pela minha cabeça que eu testemunhara um evento similar ao que aconteceu entre 3.000 e 4.000 anos atrás, na época da travessia do chamado mar Vermelho pelos israelitas”, escreveu o oficial.

É de se notar apenas que o fenômeno foi semelhante mas não idêntico: os judeus atravessaram a pé enxuto enquanto que os nativos caminhavam na lama.

O milagre consistiu em que Deus fez acontecer esse fenômeno natural ‒ “um vento impetuoso vindo do oriente, que soprou toda a noite” que “pôs o mar a seco” ‒ raríssimo ‒ se não é único ‒ através dos séculos e dos milênios, no exato momento em que os judeus iam serem capturados ou mortos pelos egípcios. E as águas fecharam-se no exato momento em que o exército do faraó estava no meio.

O gesto de Mosés estendendo as mãos sobre as águas ‒ um gesto de mando e oração ‒ do ponto de vista humano é absolutamente incapaz de produzir os fenômenos de abrir as águas e depois fechá-las, aliás num momento tão específico como se lhe obedecessem.

Deus quis a oração do profeta para mostrar que:

1) só Deus podia desencadear esse jogo de forças da natureza com pasmosa coincidência, e

2) Moisés era o enviado dEle e sem a mediação do profeta Deus não teria feito o milagre.

Há outras hipóteses cientificas sobre o local exato do milagre que ainda estão sendo discutidas.

O trabalho dos cientistas Carl Drews e Weiqing Han tem o mérito de confimar o relato bíblico em seu aspecto natural, que para alguns fracos de fé podia parecer fantasia.

Se nesse ponto prático a Bíblia, mais uma vez, tem razão, então, em sã lógica é criterioso supor que o milagre aconteceu como a Revelação e a Fé nos ensinam.

Fontes I e II

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Testemunho de Glória Polo, Grito do Amor de Deus

 

Existem vários momentos em nossas vidas em que Deus nos oferece um resgate, uma oportunidade de rever nosso passado, aprender com ele e fazer melhor no nosso presente. Algumas vezes estes momentos acontecem de uma forma tão sutil, que não percebemos. É assim porque  Deus respeita nossa liberdade. Ele é sutil para que nós possamos fazer nossas escolhas sem interferência. Mas as vezes, quando é necessário, e por amor, como quando nosso pai nos dá um grito de alerta do tipo: "Menino não faça isto!", Deus também grita para que nós não caiamos no abismo (morte eterna). 
Creio que foi o que aconteceu com esta senhora. Vale a pena ver e ouvir com atenção o que ela tem a dizer, porque através de sua boca, Deus nos está gritando para não cairmos. Obrigado Jesus por seu amor, por sua misericórdia.

Marcelo

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