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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A IMPORTÂNCIA DO USO DA ÁGUA, ÓLEO E SAL EXORCIZADOS

 
 

PADRE GABRIELE  AMORTH
 Famoso Exorcista da diocese de Roma.
Trecho do Livro "Um Exorcista Conta-nos" - Pe. Gabriele Amorth - Ed. Paulinas.

         De todos os meios a que o exorcistas (e não só exorcistas) recorrem com freqüência, citamos em primeiro lugar a água exorcizada (ou pela menos benzida), o azeite (de azeitona) exorcizado e o sal exorcizado. Qualquer sacerdote pode rezar as orações do Ritual para exorcizar estes três elementos, não sendo necessária nenhuma autorização especial. Mas é muito útil conhecer o uso específico destes três sacramentais que, usados com fé, são de uma enorme utilidade.

         A água benta: ocupa um lugar fundamental em todos os ritos litúrgicos. A sua importância leva-nos de novo à aspersão batismal. Durante a oração de benção, pede-se ao Senhor para que a aspersão desta água nos traga os três benefícios seguintes: 
  1. O perdão dos nossos pecados. 
  2. A defesa contra as ciladas do Maligno. 
  3. O dom da proteção divina.
 A oração do exorcismo da água proporciona outros tantos efeitos extras:
  1.  Afugentar todo o poder do demônio.
  2. Desarraigá-lo. 
  3. Expulsá-lo.
  4. curar doenças.
  5. aumentar a graça divina.
  6. proteger as casas onde os fiéis moram de toda a influência imunda causada pelo pestilento satanás.[...]

Em seguida a oração continua, sublinhando outros efeitos além de expulsar os demônios e acrescenta ainda a oração: Que as ciladas do demônio infernal sejam vencidas e que a serenidade e a saúde dos habitantes sejam protegidas de toda a eventual presença nociva, susceptível de perigar a paz dos habitantes, a fim de gozarem de serenidade e saúde.
         
O óleo exorcizado: Utilizado com fé, permite igualmente enfraquecer o poder dos demônios, os seus ataques e os fantasmas que suscitam. 

Recupera também a saúde da alma e do corpo; lembremos simplesmente o antigo costume de ungir as feridas com óleo e o poder que Jesus conferiu aos Apóstolos de curar os doentes pela imposição das mãos e a unção com óleo.

O óleo exorcizado tem, além disso, a propriedade específica de libertar o corpo do malefício. Aconteceu-me muitas vezes abençoar pessoas que tinham sido vítimas de bruxaria comendo ou bebendo qualquer coisa maléfica. É fácil compreender aquele mal de estômago de que já falamos ou ainda o fato de estas pessoas terem uma tendência para vomitar ou para começar com manifestações de soluços ou de arrotos especialmente em encontros de caráter religioso: quando vão á igreja, quando rezam, mas, sobretudo, quando são exorcizadas. Nesses casos o organismo, para se libertar, deve expelir tudo o que tem de maléfico. O óleo exorcizado é uma ajuda imensa para libertar o corpo dessas impurezas. Pode-se também beber água benta com esta finalidade.

         Convém mencionar alguns pormenores sobre este ponto, embora aqueles que não estão acostumados a estes fenômenos ou que nunca assistiram, tenham dificuldade em acreditar no que eu vou dizer.

Que coisas é que são expulsas? Por vezes saliva espessa e espumosa; outras vezes uma espécie de papa branca e granulosa. Outras ainda objetos dos mais variados: pregos, pedaços de vidro, bonequinhas pequenas em madeira, fios de corda com nós, fios de ferro enrolados, fios de algodão de diferentes cores, coágulos de sangue...essas coisas por vezes são expulsas pelas vias naturais; mas a maior parte das vezes vomitando. Repare-se que isso não provoca nunca o mínimo perigo ao organismo (que pelo contrário fica aliviado), mesmo que se trate de bocados de vidro cortantes.
O Pe. Cândido tinha uma pequena vitrine cheia deste tipo de objetos, expulsos por diversas pessoas. Noutros casos a expulsão permanece um ministério: a pessoa sente por exemplo uma dor abdominal como se tivesse um prego no estômago, depois encontra um prego no chão, ao seu lado, e a dor desaparece. Tem-se a impressão de que todos estes objetos se materializam exatamente no instante em que são expulsos.  
O Pe. Cândido afirmou durante uma entrevista “vi pessoas deitar bocados de vidro, de ferro, cabelos, ossos, algumas vezes pequenos objetos em plástico tendo a forma de uma cabeça de gato, de leão ou serpente. Estes objetos estranhos têm certamente uma ligação com a causa que determinou a possessão diabólica”.
         
O sal exorcizado: serve também para expulsar os demônios e para preservar a saúde da alma e do corpo. Mas uma das suas propriedades específicas consiste em proteger os lugares da influências ou presenças maléficas. Habitualmente, nestes casos, aconselho espalhar o sal exorcizado sobre a soleira da porta da casa e nos quatro cantos da divisão ou divisões que se suspeita estarem infestadas.
         O “mundo católico incrédulo” rir-se-á talvez perante estas afirmações. A verdade é que a ação dos sacramentais é tanto mais eficaz quanto maior for a fé; sem ela muitas vezes são ineficazes.
O Vaticano II, retomando os termos do Direito Canônico (Can. 1166), define-os como “os sinais sagrados com os quais por uma certa imitação dos sacramentos têm significado e obtêm efeitos especialmente espirituais, pela intercessão da Igreja”Quem os utilizar com fé obtém resultados inesperados. Sei de muitos males rebeldes aos medicamentos que desaparecem unicamente porque o interessado tinha feito sobre ele um sinal da cruz com óleo exorcizado.
      
        * comentário: o Vaticano II classifica, como uma "imitação" , no sentido de desvalorizar, o verdadeiro poder que temos em mãos, como leigos em especial, com os verdadeiros, sacramentais, não meramente imitados, e sim sacramentais verdadeiros, com uma forte arma contra o demônio - Clevinho Maia
 
         No que se refere às casas (de que falaremos aperte) é particularmente eficaz queimar incenso benzido. O incenso foi sempre considerado, mesmo junto dos povos pagãos, como um antídoto contra os espíritos malignos e um meio de louvar e adorar a divindade. Embora o seu emprego litúrgico seja extremante reduzido, continua a ser um meio eficaz de louvar e de lutar contra o Maligno.
         O Ritual contém uma benção especial para as roupas. Constatamos várias vezes a eficácia sobre pessoas incomodadas por presenças diabólicas. Por outro lado, isto constitui um teste para determinar se a pessoa é ou não vítima de presenças diabólicas. Também é útil saber isto.[São Miguel Arcanjo]
Nós, os exorcistas somos muitas vezes consultados por pessoas (pais, noivos...) que suspeitam que um dos seus próximos seja vítima do demônio, mas infelizmente essa pessoa não acredita nessas coisas, muitas vezes não tem qualquer fé religiosa e não está disposta de modo nenhum a receber a benção dum padre.

O que fazer nestes casos?

Acontece por vezes que, tendo sido benzidas algumas das suas roupas, a pessoa em questão despe-as imediatamente após as ter vestido, não suportando o contato com elas. Já demos um exemplo anteriormente. Também se pode fazer o teste da água benta. Por exemplo uma mãe suspeita dum filho ou do marido, prepara para todos a sopa feita com água benta; ou usa-a no chá ou no café. A pessoa que é vítima pode achar este alimento amargo ou intragável mas sem saber porquê.
         No entanto, chamamos a atenção para o fato de estes testes poderem ser revelados nos casos positivos: isto é, se uma pessoa é sensível ao fato de a água estar ou não benzida, poderá ser sintoma de uma presença maléfica. Porém o raciocínio inverso não é concludente: o fato de uma pessoa não reagir a este tipo de testes não permite excluir a possibilidade de ter uma presença maléfica. O demônio faz tudo para não ser descoberto.
         Mesmo durante os exorcismos o demônio procura esconder-se; e o Ritual põe mesmo de sobreaviso o exorcista contra os fingimentos diabólicos. Por vezes o demônio ou não responde ou dá respostas estúpidas, não atribuíveis a um espírito inteligente como ele é. Outras vezes finge ter saído do corpo de possesso e de ter deixado de o perturbar, esperando assim evitar que a pessoa procure bênçãos do exorcista.
Outras vezes impede por todos os meios que a pessoa se submeta aos exorcismos: poderão ser obstáculos físicos ou, na maior parte das vezes, psíquicos que fazem com que o paciente não compareça ao encontro com o exorcista no dia marcado, a não ser que seja forçado por um parente ou amigo.
Outras vezes finge os sintomas de uma doença quase sempre psíquica, para dissimular a realidade da sua presença e fazer crer que a pessoa sofre de uma doença natural.
Outras vezes o paciente tem sonhos ou visões em que tem a ilusão de que o Senhor, a Virgem Santíssima ou qualquer Santo o libertou, fato que o leva a anular a sua marcação com o exorcista, dizendo-lhe, eventualmente, já estar liberto.
         Os sacramentais indicados, além da ajuda específica própria de cada um, servem também para desmascarar, pelos menos parcialmente, as diversas ciladas do Maligno. Estas ciladas são muito numerosas e é preciso rezar muito para obter a graça do discernimento.
Citemos, entre os casos mais freqüentes: os que julgam ter visões ou ouvir vozes interiores; os que se abandonam a um misticismo falso ou se fazem passar por “vidente”. Quando não se trata de doenças psíquicas, estes casos são muitas vezes o fruto de engano do demônio.
         Termino este capítulo com um episódio relacionado com a água benta.
Um dia Pe. Cândido ia exorcizar um possesso. O sacristão aproximou-se dele com o recipiente da água e o hissope. O demônio disse-lhe imediatamente: “lava o focinho com esta água!”. Só então o sacristão se lembrou que tinha enchido o reservatório na torneira, mas que se tinha esquecido de mandar benzer a água.
         O novo Ritual de Bênçãos, obrigatório desde 1 de Abril de 1993, mudou a fórmula, mas certamente não lhe alterou os efeitos, embora já não venha indicado explicitamente.  

Extraído do Livro "Um Exorcista Conta-nos" - Pe. Gabriele Amorth - Ed. Paulinas.

Por que usar a água benta no dia -a- dia ?

Antes era muito comum o uso de água benta entre os católicos, depois a água benta ficou restrita apenas a alguns ambientes. Normalmente encontramos uma pia de água benta na porta das Igrejas, onde o fiel molha a ponta dos dedos e se benze fazendo o sinal da cruz. Também há o uso de água benta em algumas cerimônias da Igreja, como no início da Missa Tradicional: o padre anda na Igreja aspergindo água benta nos fieis, antes de começar a Santa Missa.

Mas há fiéis que levam num vidrinho pequeno, água benta consigo. Aspergem-na discretamente no ambiente de trabalho, na escola, na faculdade, no carro novo que comprou, e até em si mesmos antes de fazerem algum exame, diante de uma provação, diante de uma dificuldade. É muito útil levar água benta consigo em um pequeno vidrinho recomendo.

No início do Cristianismo Santo Alexandre mandou usar o sal na bênção da água. Na lei de Moisés, aspergia-se o povo com água misturada com a cinza do bezerrinho vermelho que imolavam. Chama-se lustral esta água, que limpava o povo das imundícies. O que as cinzas eram na Lei de Moisés é o sal no Novo Testamento. O sal simboliza a sabedoria e a amargura da penitência. Antes de benzer a água, benze-se o sal. A água simboliza o batismo. Benzendo-se a água, o padre vai misturando o sal já bento e assim resulta-se na água benta.
Efeitos espirituais da água benta:
  • Afugenta todo o poder do demônio no lugar em que se joga a água benta;
  • Nos dá forças contra os pecados mortais e veniais;
  • Afugenta toda sombra, fantasia e astúcia diabólica;
  • Tira as distrações na oração;
  • Dispõe a alma, com a graça do Espírito Santo, à maior devoção.
  • Destrói todas as conseqüências da inveja, contaminações espirituais, maldições e tandos outros males.

obtém o perdão dos pecados veniais.
livrar-nos de acidentes e até curar doenças.  
Efeitos corporais da água benta:

  • Abundância nos bens temporais;
  • Afasta as enfermidades;
  • Libertada do mal estar, medo, pesadelos a noite entre outras libertações.
  • Afugenta os gafanhotos, ratos e outros animais daninhos e ares pestíferos.
  • Livra-nos de incômodos físicos ou psicológicos.
Oscar Motitsuki
Afirmou que inúmeros católicos, mesmo dos mais instruídos, não sabem para que serve a água benta. É que pena! Por isso, não se beneficiam desse precioso instrumento instituído pela Igreja para ajudá-los em praticamente todas as circunstâncias e dificuldades da vida!
Para que serve? E por que usa-lá?
Há várias formas de usá-la. A mais comum é persignar-se com ela. Outra é aspergi-la sobre si mesmo, sobre outras pessoas, lugares ou objetos. Qualquer leigo ou leiga pode fazer isto. Naturalmente, quando feito por um sacerdote tem mais peso.
Seu efeito mais importante é afastar o demônio. Este “ronda em torno de nós como o leão que ruge”, procurando fazer- nos toda espécie de mal, como nos adverte São Pedro (I Ped 5,8). Os espíritos malignos, cujas misteriosas e sinistras operações afetam às vezes até as atividades físicas do homem, querem, antes de tudo, induzir-nos ao pecado grave, que conduz ao inferno. Para isto empregam todos os recursos. Às vezes, por exemplo, provocam em nós um sem número de incômodos físicos ou psicológicos.
Outras vezes provocam pequenos incidentes, em nosso dia-a-dia, criam atrapalhações que parecem ter causas meramente naturais.
Por exemplo, na hora de cumprir um dever, a pessoa sente um inexplicável mal-estar, um inesperado desânimo, uma estranha dor de cabeça… Em certas oportunidades, sem qualquer motivo, o marido fica repentinamente irritado contra a esposa, ou vice-versa, daí surge uma discussão e se quebra a paz do lar. Ou, então, o pai ou a mãe deixa-se levar por um movimento de impaciência e repreende duramente o filho, em vez de admoestá-lo com doçura. O filho se revolta, sai de casa. Está criado um problema! Tudo isso pode ser evitado afugentando o demônio com um simples sinal-dacruz, feito com água benta. Quando você sentir uma irritação estranha, faça essa experiência, e preste atenção no efeito salutar que produz! Logo lhe voltará a serenidade.
Além do mais, a água benta é um sacramental que nos alcança o perdão dos pecados veniais, pode livrar-nos de acidentes (trânsito, assaltos, quedas), e ajuda até a curar doenças. O conhecido livro “Tesouro de Exemplos” conta que uma criança gravemente enferma ficou imediatamente curada ao receber a bênção de São João Crisóstomo com água benta.
A água benta, como todo sacramental, leva-nos a invocar, nas diversas circunstâncias do dia, o socorro do Divino Espírito Santo, para o bem de nossa alma e de nosso corpo.
Outro benefício muito interessante e pouco conhecido: ela pode ser usada eficazmente em proveito de pessoas que se acham distantes de nós. E mais, cada vez que a utilizamos para fazer o sinal da- cruz, na intenção das almas do purgatório, elas são aliviadas dos seus sofrimentos.
De onde vem esse poder maravilhoso?
Vem do fato de ser ela um sacramental instituído pela Santa Igreja Católica (ver box ao lado). O sacerdote benze a água, enquanto ministro de Deus, em nome da Igreja e na qualidade de representante dela, cujas orações nosso Divino Salvador sempre atende com benevolência.
É importante lembrar que para ser verdadeiramente água benta, ela precisa ser benzida pelo sacerdote segundo o cerimonial prescrito pela Igreja, no “Ritual de Bênçãos” e no próprio “Missal Romano”, ambos publicados pela CNBB.
São belas e altamente significativas as orações para a bênção da água. Por exemplo, esta: Senhor Deus todo-poderoso, fonte e origem de toda a vida, abençoai esta água que vamos usar confiantes para implorar o perdão dos nossos pecados e alcançar a proteção da vossa graça contra toda doença e cilada do inimigo.
Concedei, ó Deus, que, por vossa misericórdia, jorrem sempre para nós as águas da salvação para que possamos nos aproximar de Vós com o coração puro e evitar todo perigo do corpo e da alma. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Portanto, não se esqueça!
É muito conveniente ter sempre consigo água benta para usar em qualquer circunstância. Por exemplo, benzer-se com ela ao sair e ao entrar na igreja, em casa ou no local de trabalho; ao iniciar uma oração, um serviço, uma viagem. Para afastar do lar a influência maléfica dos demônios, é muito aconselhável aspergir na casa algumas gotas de vez em quando. Isto pode ser feito por qualquer pessoa da família. É claro que pedir a um Padre para benzer a casa é muito melhor! Portanto, a água benta é sempre benfazeja e eficaz
Sacramentais, o que são?
Os sacramentais são sinais sagrados instituídos pela Igreja para proporcionar aos fiéis benefícios principalmente espirituais, mas também temporais, obtidos pela impetração da própria Igreja.
São sacramentais, por exemplo: bênçãos de pessoas, de famílias, de casas e de objetos (água, velas, medalhas, imagens, sinos, etc.).
Embora os sacramentais tenham analogias com os sacramentos, são essencialmente diferentes em dois pontos principais:
1º – Os sacramentos foram instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo, e são apenas sete.
Já os sacramentais são instituídos pela Igreja, a qual pode aumentar seu número o quanto julgar conveniente para o bem das almas.
2º – Os sacramentos têm o poder de produzir a graça santificante pelo próprio fato de serem administrados validamente.
Os sacramentais conferem apenas uma graça auxiliar, pelo poder das preces da Igreja e dependendo das boas disposições de quem os recebe. Um efeito muito importante dos sacramentais é o de preparar a alma para receber a graça divina e ajudá-la a cooperar com ela.

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